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5 exercícios essenciais na fisioterapia para a recuperação pós-AVC

27 de novembro de 2025

O diagnóstico de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) traz muitas incertezas. A principal delas é: "será que vou voltar a me movimentar como antes?".

A resposta para essa recuperação está em uma palavra mágica do nosso cérebro: neuroplasticidade. Mesmo após uma lesão, o cérebro tem a incrível capacidade de criar novos caminhos e "aprender" a controlar o corpo novamente. E o combustível para esse aprendizado é o movimento.

A fisioterapia neurofuncional é a chave para ativar esse processo. Embora cada paciente tenha necessidades únicas, existem padrões de movimento fundamentais que trabalhamos na reabilitação para devolver a autonomia.

Conheça os 5 principais tipos de exercícios utilizados na recuperação pós-AVC e por que eles são tão importantes.

⚠️ Atenção: estes exemplos são educativos. Nunca realize exercícios sem a orientação e liberação do seu fisioterapeuta, pois cada caso exige cuidados específicos para evitar lesões.)

1. O treino de "sentar e levantar" (fortalecimento de base)

Parece simples, mas o ato de levantar de uma cadeira envolve força nas pernas, controle de tronco e equilíbrio. É um dos movimentos mais importantes para a independência.

  • O exercício: geralmente, o paciente começa sentado em uma cadeira firme. O objetivo é inclinar o tronco à frente e fazer a força para ficar de pé, distribuindo o peso igualmente entre as duas pernas (evitando usar apenas o lado "bom").
  • Por que é vital: fortalece o quadríceps (coxa) e glúteos, essenciais para voltar a andar e para a autonomia básica, como ir ao banheiro sozinho.

2. A "ponte" (controle de quadril)

Este é um exercício clássico, realizado geralmente deitado na cama ou no tatame terapêutico.

  • O exercício: deitado de barriga para cima, com os joelhos dobrados e pés apoiados, o paciente deve elevar o quadril e sustentar a posição por alguns segundos.
  • Por que é vital: a "ponte" é fundamental para fortalecer a região lombar e o quadril. Essa estabilidade é necessária para que o paciente consiga ficar de pé e manter a postura ereta durante a caminhada.

3. Transferência de peso (reaprendendo o equilíbrio)

Após um AVC, é comum que o paciente tenha medo de apoiar o peso do corpo no lado afetado (o lado que ficou mais fraco), o que deixa a marcha "manca" e insegura.

  • O exercício: em pé (geralmente com apoio de uma barra ou do terapeuta), o paciente treina deslocar o peso do corpo de uma perna para a outra, suavemente, aprendendo a confiar novamente no lado afetado.
  • Por que é vital: sem transferir o peso corretamente, não existe caminhada segura. Esse exercício melhora o equilíbrio e previne quedas.

4. Alcance funcional (recuperando os braços)

A recuperação dos membros superiores (braços e mãos) costuma ser mais desafiadora que a das pernas, exigindo muita repetição.

  • O exercício: o paciente senta-se à frente de uma mesa. O terapeuta coloca objetos (como copos, cones ou garrafas) em diferentes distâncias. O objetivo é esticar o braço para alcançar, segurar e trazer o objeto de volta, ou empilhar itens.
  • Por que é vital: treina a amplitude do movimento do ombro e cotovelo, além da coordenação motora fina das mãos, essenciais para atividades como comer e vestir-se.

5. Rotação de tronco (quebrando a rigidez)

Muitos pacientes pós-AVC desenvolvem uma rigidez muscular (espasticidade) que "trava" o tronco, dificultando movimentos simples como olhar para o lado ou se virar na cama.

  • O exercício: deitado ou sentado, o paciente é estimulado a girar o tronco para os lados, levando os braços ou os joelhos de um lado para o outro de forma controlada.
  • Por que é vital: um tronco móvel é essencial para a marcha. Quando andamos, nosso tronco gira levemente; recuperar esse movimento deixa o caminhar mais natural e menos cansativo.

A importância da reabilitação intensiva e especializada

Ler sobre os exercícios é o primeiro passo, mas a execução exige técnica e, acima de tudo, intensidade. A neuroplasticidade depende da repetição correta. Fazer o exercício "mais ou menos" pode criar vícios de postura difíceis de corrigir depois.

Na Suntor Clínica de Transição, nossa equipe de fisioterapia é especializada em reabilitação neurofuncional. Utilizamos esses e muitos outros recursos, aliados a tecnologias modernas, para criar um plano intensivo e personalizado.

Nosso objetivo não é apenas que o paciente faça exercícios, mas que ele transforme esses movimentos em funcionalidade para voltar a viver com a máxima independência possível.

Se você ou um familiar está em processo de recuperação de um AVC, entre em contato e saiba mais.

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