
A chegada do verão está próxima, e isso traz dias mais longos e ensolarados, o que é um convite para o convívio social e atividades ao ar livre. No entanto, para quem já passou dos 60 anos, e especialmente para quem tem mais de 80, a estação mais quente do ano acende um sinal de alerta.
O envelhecimento causa mudanças naturais no nosso organismo que nos tornam mais sensíveis às altas temperaturas. O corpo do idoso tem mais dificuldade para regular a temperatura interna (sua menos) e, o mais perigoso: sente menos sede, mesmo quando está precisando de água.
Para garantir que o verão seja sinônimo de alegria e não de visitas à emergência, preparamos um guia com os cuidados essenciais que idosos e seus cuidadores devem adotar nesta época.
A desidratação é a inimiga número um dos idosos no verão. Com a idade, a quantidade de água no nosso corpo diminui naturalmente. Além disso, o "sensor de sede" do cérebro fica menos sensível. Ou seja, quando o idoso sente sede, ele já pode estar levemente desidratado.
O cuidado: não espere a sede chegar. É fundamental criar uma rotina de hidratação. Ofereça líquidos a cada duas horas. Água é o ideal, mas água de coco, sucos naturais (com pouco açúcar) e chás gelados também ajudam. Uma dica prática é deixar garrafinhas de água sempre à vista e ao alcance das mãos.
A pele do idoso é mais fina e frágil, tornando-se muito mais suscetível a queimaduras solares, que podem causar desidratação grave e insolação.
O cuidado: evite a exposição direta ao sol entre as 10h e as 16h, quando a radiação é mais intensa. Se for sair para uma caminhada, prefira o início da manhã ou o final da tarde. O uso de protetor solar é indispensável, mesmo na sombra, assim como o uso de chapéus ou bonés que protejam o rosto e a cabeça.
O corpo do idoso tem mais dificuldade em dissipar o calor. Roupas apertadas ou de tecidos sintéticos abafam a pele e elevam a temperatura corporal, aumentando o risco de hipertermia (superaquecimento).
O cuidado: prefira roupas de tecidos naturais, como algodão ou linho, que permitem que a pele respire. Cores claras também ajudam, pois absorvem menos calor. Em casa, mantenha as janelas abertas para o ar circular ou utilize ventiladores e ar-condicionado (com cuidado para não deixar o ambiente frio demais, o que pode ressecar as vias aéreas).
No calor, a digestão de alimentos pesados e gordurosos se torna mais lenta e difícil, o que pode causar mal-estar e aumentar a temperatura interna do corpo.
O cuidado: aposte em refeições mais leves e fracionadas. Frutas com alto teor de água (como melancia, melão e laranja), saladas, legumes e carnes magras (frango e peixe) são as melhores opções. Evite frituras e molhos pesados nos dias muito quentes.
O calor provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, o que pode fazer a pressão arterial cair. Para idosos hipertensos que tomam medicamentos, essa combinação pode levar a quadros de hipotensão (pressão baixa), causando tonturas, fraqueza e risco de quedas.
O cuidado: monitore a pressão arterial com mais frequência. Se o idoso sentir tontura ao se levantar, peça para que ele se sente ou deite imediatamente e beba líquidos. Nunca altere a dose dos medicamentos sem consultar o médico, mas fique atento a sinais de sonolência excessiva ou confusão mental.
Na Suntor Clínica de Transição, sabemos que o bem-estar depende de atenção aos detalhes. Durante o verão, nossa equipe de nutrição ajusta os cardápios para garantir hidratação máxima, e nossa equipe de enfermagem redobra o monitoramento dos sinais vitais e da ingestão de líquidos de cada paciente.
O verão pode e deve ser aproveitado, desde que a segurança venha em primeiro lugar.
Tem dúvidas sobre os cuidados com um familiar idoso nesta estação? [Entre em contato] com nossa equipe.
Rua Wilson Rocha Lima, 80
Santa Lúcia, Belo Horizonte - MG | CEP 30494-460