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Cinoterapia: quando o amor de quatro patas se torna parte do tratamento

11 de dezembro de 2025

Quem tem ou já teve um cachorro sabe a alegria instantânea que eles trazem para um ambiente. Mas, dentro de um contexto de saúde, essa interação vai muito além da companhia: ela vira terapia.

A cinoterapia (terapia assistida por cães) é uma técnica cada vez mais presente em hospitais e clínicas de excelência ao redor do mundo. Ela parte de uma premissa simples, mas poderosa: o contato com o animal pode abrir portas emocionais e físicas que, muitas vezes, as terapias convencionais demoram a alcançar.

Para pacientes em processo de reabilitação ou idosos em cuidados de transição, a visita de um "terapeuta de quatro patas" pode ser o ponto alto da semana e um acelerador da recuperação.

Vamos entender como essa ciência funciona e quais são seus benefícios reais.

O que é cinoterapia?

A cinoterapia é uma modalidade das Intervenções Assistidas por Animais (IAA). Não se trata apenas de "brincar com o cachorro". É um processo terapêutico estruturado, acompanhado por profissionais de saúde (como fisioterapeutas, psicólogos ou terapeutas ocupacionais) e conduzido com cães especificamente treinados para isso.

O cão atua como um facilitador. Ele quebra o gelo, reduz a resistência ao tratamento e serve como uma "ponte" entre o paciente e a equipe médica.

Os benefícios emocionais: a química do bem-estar

O impacto mais imediato da cinoterapia é visível no sorriso do paciente. Mas o que acontece dentro do corpo é pura química.

Estudos mostram que o simples ato de acariciar um cão por alguns minutos libera uma descarga de endorfina e oxitocina (os hormônios do amor e do bem-estar) na corrente sanguínea, ao mesmo tempo que reduz drasticamente os níveis de cortisol (o hormônio do estresse).

Isso resulta em:

  • Redução da ansiedade e depressão: o cão oferece um afeto sem julgamentos, o que é crucial para pacientes que se sentem fragilizados ou solitários.
  • Melhora na autoestima: cuidar do animal, mesmo que por instantes (dar um petisco, escovar o pelo), devolve ao paciente a sensação de ser útil e capaz.
  • Estímulo à socialização: o cachorro é um "lubrificante social". Pacientes que tendem a se isolar no quarto costumam interagir mais com a equipe e com outros pacientes quando o animal está presente.

Os benefícios físicos e motores: reabilitação disfarçada de brincadeira

Talvez o aspecto mais fascinante da cinoterapia seja como ela auxilia na fisioterapia e na terapia ocupacional. Muitas vezes, o paciente nem percebe que está se exercitando.

  • Coordenação motora fina: o ato de abotoar uma roupa pode ser chato e frustrante na terapia ocupacional. Mas tentar abrir um fecho para pegar um petisco ou escovar o pelo do cão exige os mesmos movimentos, feitos agora com motivação e prazer.
  • Mobilidade e equilíbrio: para pacientes que precisam voltar a andar, levar o cão para uma curta caminhada no corredor (mesmo que com andador) oferece um objetivo externo. O foco sai da dor ou do medo e vai para a condução do animal.
  • Controle da pressão arterial: a sensação de relaxamento proporcionada pela presença do animal auxilia na estabilização dos sinais vitais.

Segurança e profissionalismo

É importante destacar que nem todo cachorro pode ser terapeuta. Os animais de cinoterapia passam por rigorosos processos de seleção e adestramento. Eles precisam ser dóceis, previsíveis, não reagir a barulhos bruscos e gostar do toque humano.

Além disso, há um protocolo rigoroso de higiene e vacinação para garantir a segurança sanitária do ambiente clínico.

Um olhar humano para a recuperação

Na Suntor Clínica de Transição, acreditamos que a tecnologia e a técnica médica são fundamentais, mas o fator humano (e animal) é insubstituível.

A reabilitação é um processo que exige muito do paciente. Ter um aliado de quatro patas trazendo amor incondicional e alegria para esse processo não é apenas um "mimo"; é uma ferramenta poderosa para devolver a qualidade de vida e a vontade de viver.

A humanização é parte da nossa essência. Quer saber mais sobre nossas abordagens terapêuticas? Entre em contato com nossa equipe.

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