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Exoesqueleto vestível: a nova esperança para a mobilidade de pacientes com Parkinson

28 de agosto de 2025

Uma tecnologia inovadora, desenvolvida em Harvard, surge como uma promessa para revolucionar o dia a dia de pessoas com Doença de Parkinson. Trata-se de um exoesqueleto leve e discreto, que ajuda a combater um dos sintomas mais incapacitantes da doença: o congelamento da marcha.

A Doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que impõe diversos desafios motores. Um dos mais angustiantes é o chamado "congelamento da marcha" (freezing of gait), um bloqueio súbito que impede a pessoa de começar a andar ou de continuar um passo, aumentando drasticamente o risco de quedas e limitando a independência.

Contudo, uma nova luz surge no horizonte com o desenvolvimento de um exoesqueleto robótico macio. Na prática, é uma espécie de calça tecnológica que pode ser usada confortavelmente sob as roupas, projetada para devolver a fluidez ao caminhar.

Como funciona o exoesqueleto?

Diferente da imagem de robôs rígidos e pesados, este novo dispositivo é feito com materiais têxteis e flexíveis. Sensores inteligentes detectam a intenção de movimento do usuário e ativam pequenos motores que oferecem uma assistência suave e sincronizada aos músculos do quadril e da coxa.

A função do aparelho não é substituir a força do paciente, mas sim complementá-la. Ele funciona como um "empurrãozinho" sutil no momento exato do passo, ajudando a superar a hesitação e a encurtar a duração dos episódios de congelamento. O resultado é um caminhar mais natural, estável e seguro.

Resultados promissores e o futuro da tecnologia assistiva

Os resultados do estudo, publicados na renomada revista científica Nature Medicine, são animadores. Um paciente de 73 anos, com um quadro grave de congelamento da marcha que não respondia bem a outros tratamentos, apresentou uma melhora extraordinária ao usar o dispositivo. Com o exoesqueleto ativado, ele conseguiu caminhar de forma contínua, eliminando quase por completo os episódios de bloqueio.

Essa tecnologia representa um salto para o campo da tecnologia assistiva no tratamento do Parkinson. Enquanto soluções como bengalas e andadores usam pistas visuais para "enganar" o cérebro e liberar o movimento, este exoesqueleto atua diretamente na mecânica do corpo, oferecendo um suporte físico que se adapta ao ritmo de cada pessoa.

A pesquisa abre caminho para uma nova geração de dispositivos inteligentes e discretos, que podem ser perfeitamente integrados à rotina. A expectativa é que, com o avanço da tecnologia, soluções como esta se tornem cada vez mais acessíveis, devolvendo a liberdade, a confiança e a qualidade de vida a milhares de pessoas com Parkinson.

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